domingo, 21 de fevereiro de 2010

BONDINHO CARIOCA

Em 1817, uma montanhista inglesachamada Henriquetta Carstais, de 39 anos, tornou-se a primeira pessoa a escalar o morro do Pão de Áçucar. Para comemorar, deixou uma bandeira de seu país lá no alto. Naquela época, o lugar era um desafio para poucos e corajosos alpinistas. Desde que o primeiro bondinho foi inaugurado, há 95 anos, tudo isso mudou. Hoje, qualquer pessoa pode chegar ao topo da montanha - é fácil, basta pagaros 30 reais do ingresso. Agora, todos os dias, até 3000 pessoas sobem nos veículos que cruzam o céu entre o Morro da Urca e o Pão de Áçucar. A história dessa obra que democratizou o morro é contada no recém-lançado livro Bondinho do Pão de Áçucar (Editora Andrea Jakobsson). Além de narrar detalhes da construção, o trabalho exibe pinturas que retratam o morro antes do bondinho. O morro do Pão de Áçucar causava frisson desde que foi avistado pelos portugueses, no século XVI. Eles o batizaram por causa da semelhança com os recipientes de barro em que o áçucar brasileiro era levado à Europa. omaciço de granito azulado foi um importante ponto de defesa marítima. Com Henriqueta, ganhou um novo atrativo, mais esportivo. No século XIX, algumas dezenas de pessoas subiram o Pão de Áçucar. Mas foi só em 1908 que o engenheiro Augusto Ferreira Ramos resolveu facilitar de vez o acesso ao local. A primeira linha começou a operar em 1912. A segunda, que levava até o Pão de Áçucar, ficou pronta em 1913. Até 1972, elas comportavam 24 pessoas por passeio e faziam o trajeto em seis minutos. Uma reforma aumentou a capacidade para 75 passageiros a cada viagem e duplicou a velocidade. Só uma coisa não mudou: os alpinistas continuam proucurando o local. Existem quase 300 diferentes vias de subida, e hoje os morros do Pão de Áçucar, da Urca e da Babilônia compõem o maior centro de escaldas do Brasil.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

MÚMIAS MISTERIOSAS

Uma simples operação para eliminar cupins acabou proporcionando uma descoberta arqueológica em São Paulo. A parede de uma sala do Mosteiro da Luz, no centro da cidade, guardava os corpos mumificados de três mulheres, possivelmente freiras. Elas estavam emparedadas havia aproximadamente 200 anos e, apesar de terem passado esse tempo todo no meio de terra e de cal, permanecem bem conservadas. A sala, que funcionou como cemitério de 1774 até 1822, ainda tem apelo menos outros dois corpos enterrados.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

HÁBITOS ALIMENTARES

Imagine jantar às 4 da tarde. Estranho, não? Pois era nesse horário que os moradores das principais cidades da Europa sentavam-se à mesa para comer até o século XVIII. Foi só após a Revolução Industrial, quando o mundo dos negócios passou a manter os homens mais tempo fora de casa, que o horário da refeição se alterou bastante (primeiro para as 18h, depois para 19h30). O jeito para driblar a fome foi inventar um lanche. Os franceses passaram a fazer uma pausa lá pelas 5 da tarde, quase sempre para comer chá com bolo, imitando o hábito dos ingleses. Com essa prática, eles acabaram lançando moda.